Sunday, June 19, 2011

Publicação científica em Periódicos


Periódicos ou Revistas Científicas, os famosos Journals, são os meios mais importantes para divulgação de resultados e discussões científicas no que se diz respeito ao aspecto inédito das informações publicadas. O processo para publicar e um periódico científico envolve submissão, revisão (bem densa) por especialistas, aceitação, e revisões dos próprios autores; esse processo pode durar até 2 anos, embora a tendência é que esse processo seja cada vez mais rápido, devido a pressão de todos os lados. Por essas razões citadas, publicações nesses meios têm sido concebidas como o suprassumo da produção científica; a pontuação atribuída a essas publicações em concursos e seleções supera, e muito, publicações de livros ou em anais de congressos.

Para que os periódicos fosse classificados qualitativamente, a CAPES, ao longo dos anos, vem implementando critérios e processos de classificação, os quais tentam reproduzir a importância (qualidade, de acordo com a CAPES) de cada periódico para cada área de conhecimento. Hoje em dia existem 8 níveis de classificação, o A1 é o nível mais evelado e é seguido pelos níveis A2, B1, B2, B3, B4, B5 e C (este último tem peso zero). Mais detalhes sobre a avaliação e classificação de publicações estão no site da CAPES (http://www.capes.gov.br/avaliacao/qualis).

A grande maioria dos periódicos A1 e A2 são internacionais. Mas claro que estou puxando um pouco para minha área, a Engenharia. No caso das ciências humanas podem ser vistos alguns periódicos nacionais com essas classificações. Para quem é da engenharia, possuir meios para produzir os seus artigos em um bom inglês é imperativo para quem quer publicar bem.

Na minha área existem dezenas de periódicos internacionais. Em nível nacional temos algumas, como a tradicional Revista Brasileira de Recursos Hídricos, a renascida Revista Águas Subterrâneas e a Revista Ambiente & Água. Mas não são muitas as opções, principalmente entre os melhores conceitos da CAPES.

E quanto à consulta aos periódicos? Nem todo mundo quer só publicar, mas, às vezes, tem mais interesse em ler ou em atualizar o estado da arte de suas pesquisas.  Bem, para quem pesquisa no Brasil, provavelmente em sua instituição o Portal Periódicos da CAPES está disponível (www.periodicos.capes.gov.br). Ainda tem o SciELO (www.scielo.org) também, mas isso é assunto para outro post.

Tuesday, May 3, 2011

Trabalhos de campo


Acho que em todas as áreas de estudo existe a necessidade de estudos/trabalhos de campo. Então pensei em escrever no blog um pouco sobre isso, focando, obviamente, a minha área.

De acordo com a Wikipedia o trabalho de campo “constitui parte de um experimento científico. É uma atividade realizada por pesquisadores na natureza ou no local onde o fenômeno estudado ocorre naturalmente. Engloba a coleta e/ou registro de dados, caracteres, informações relativas ao fenômeno ou objeto de estudo.”

Antes do trabalho de campo ser realizado é necessário um planejamento. Esse planejamento engloba vários aspectos do trabalho: custos, quantidade de pessoas, logística, tempo necessário, sequência das atividades, material necessário, segurança, tratamento dos dados, entre outros. Vejam que às vezes é até necessário verificar a previsão do tempo antes.

Para efeito de planejamento, eu faria uma primeira divisão de tipos de trabalho de campo em trabalhos de campo em áreas urbanas e rurais. Por exemplo, se o propósito é um levantamento em área urbana (aplicação de questionários, levantamento topográfico, registro de fotos, entre outros) será muito importante levar em conta no planejamento o aspecto segurança. Já em um levantamento em área rural é muito mais importante o aspecto logístico.

As imagens abaixo foram um trabalho de campo em uma bacia experimental para levantamento da seção de um riacho para estimativa de sua vazão e coleta de dados para o estudo de sedimentologia em outro riacho da mesma bacia. Trabalho típico de quem estudou escoamento a superfície livre no mestrado.

Levantamento da seção.
Anotações de campo: dados para traço da seção.
Eu e o cronômetro: medindo o tempo do fluxo superficial da água, no meio da seção do rio.

Seção de um riacho onde existe uma estação fluviométrica e também são coletados dados para estudos de sedimentologia. Na segunda foto os sedimentos estão sendo retirados para medição e na terceira os dados de vazão estão sendo observados.

As imagens abaixo foram de um trabalho de campo que participei em uma zona rural do agreste Pernambucano. Pode ser verificado que o acesso não era muito bom e foi preciso que para alguns deles fosse utilizada uma Land Rover, que, por sinal, teve problemas no motor.




Essas outras imagens abaixo foram de um trabalho de entrevista de campo e medição de casas na zona rural de São João do Cariri, Paraíba. Esse tipo de trabalho é simples, mas tem que haver jogo de cintura, pois você vai querer obter informações das pessoas, entrar na casa delas, tirar fotos, fazer medições e, sob nenhum hipótese, pode recusar aquele “cafezinho, bolo e queijo” que te oferecem. Existem técnicas específicas para coleta de dados desse tipo, onde você extrai a informação da fala das pessoas, é bom sempre estar atento. Nas imagens pode-se perceber que as pessoas são simples e que devemos ser gentis para não levarmos um tiro :)





Abaixo está uma sequência de fotos: trabalhos de campo com meu grande amigo Marcelo Wallau (UFRGS) em fazendas no noroeste do Texas, no período que trabalhei no ICASALS/Texas Tech University; e trabalhos de campo sobre inovações na agricultura no sertão Pernambucano, realizado com um grupo de estudantes do MIT e uma ONG local. Vejam que no Texas eu não tive problemas de transporte, estávamos com uma daqueles monstros de 4 rodas pertencente a um dos fazendeiros (o primeiro da terceira foto). No trabalho de campo com o MIT nós dormimos 3 noites em campo e, depois, fui convidado a relatar minha experiência no blog da turma deles, pode ser visto em: http://mitsloanblog.typepad.com/springtrip2010/2010/04/collective-identity.html

Eu dando uma de cowboy moderno.

Wade Davis (dono da propriedade), Marcelo Wallau (UFRGS) e eu.
Shayna Harris (MIT) e eu.
Eu com parte do grupo do MIT.
As fotos seguintes são referentes a um trabalho de campo que tinha como objetivo o treinamento de estudantes locais para a coleta de dados. Na primeira foto estávamos em uma estação meteorológica e na segunda em uma fonte de água para avaliar a sua qualidade física e química. Esse trabalho é muito cansativo, pois é uma aula no campo e que, nesse caso, as atividades tiveram que ser colocadas em prática. Então é necessário ter um roteiro didático e prático, que deve ser seguido sob sol ou chuva.


Minha amiga Iara (trabalhando atualmente em Cabo Verde) preparando o material para análises.
As imagens abaixo foram referentes ao acompanhamento da construção de cisternas em comunidades rurais na Paraíba e posterior experimentos para análise da eficiência dos sistemas e da qualidade da água. Na primeira foto estou com Ismael, um excelente técnico em hidráulica e hidrologia da UFCG, e nas últimas quatro fotos mostra um pouco da preparação do experimento e do material para coleta de amostras de água. Todos os trabalhos de campo que envolvem análises de água tem que serem guiados com muito cuidado e, caso as amostras não sejam analisadas em campo, precisam ser transportadas sob específicas condições até o laboratório (por exemplo: cobertas de gelo dentro de um isopor).







Bem, essas últimas fotos foram tiradas em uma oficina de educação ambiental em uma escola primária de uma comunidade rural. Vejam que eu tentei utilizar o projetor multimídia, mas as paredes e iluminação do ambiente não foram favoráveis (coisas que deviam ter sido avaliadas antes) e tive que fazer uma apresentação baseada somente em um discurso. Nesse tipo de comunicação tem que haver o cuidado de ser falada a língua que as pessoas utilizam no cotidiano desses lugares. Por isso, é muito importante que as pessoas que executam atividades de educação ambiental no campo também participem de atividades de campo de outras naturezas antes de realizar oficinas assim.



Pois é, eu sei que ficou faltando comentários sobre trabalhos de campo na cidade. Mas dessa vez tentei elaborar os comentários baseados em fotos, e no caso dos trabalhos realizados em áreas urbanas eu não tinha nenhuma foto. Minha experiência nesse meio se restringe a obras civis e levantamentos topográficos.

Wednesday, March 30, 2011

Pedindo uma carta de recomendação

Aberta a seleção. Rapidamente procuramos o edital para digerí-lo; lá está um dos documentos requeridos: carta(s) de recomendação. Aposto que seu primeiro pensamento é "vou pedir pra fulano e para cicrano, ou seria melhor para beltrano?". Bem, se você pensou assim e já teve três opções, ótimo! Mas pense bem se realmente são as melhores.

Antes de tudo, uma informação importante: uma carta de recomendação não é um depoimento do Orkut. Tome nota disso.

Duas informações básicas que você deve absorver desde o início dizem respeito a existência de um modelo para o preenchimento da carta e, caso existente, que informações esse modelo pede. Caso haja um roteiro de preenchimento você já poderá traçar o perfil das pessoas que você pedirá a carta. Se, por exemplo, essa carta pede mais informações sobre experiências de trabalhos em campo, talvez seja melhor você pedir a carta ao seu supervisor de estágio em obras (no caso de engenheiros civis). Caso a carta faça perguntas sobre sua capacidade intelectual e científica, é melhor pedir àquele profissional que mais trabalhou com você esse aspecto. Isso parece um pouco óbvio, mas não se iluda, muita gente pede cartas de recomendação apenas pela afinidade pessoal e termina colocando outras pessoas numa saia justa, pois elas, muitas vezes, não tem conteúdo real para preencher.

Se você tiver opções, pense na pessoa com o perfil correto para te recomendar. Profissionais sérios e bem conceituados não irão escrever maravilhas de você somente por serem pessoas gentis. Uma recomendação é uma atividade formal, que merece prudência e que envolve a reputação de quem está recomendando. Pode ter certeza que muitas pessoas que participam de comissões de avaliação já conhecem os autores que sempre emitem generosos comentários sem muitos critérios, esses não possuem muita credibilidade.

Também não tente selecionar o "recomendador"* pelo currículo ou reconhecimento da área, uma vez que ele não teve uma relação sólida com você para te recomendar. Ele pode aceitar te recomendar por entender que você não teve opções, mas, provavelmente, ele não irá criar fantasias na carta de recomendação. É melhor uma carta de um profissional que não seja tão reconhecido mas seja sincera e transmita detalhes importantes do que uma carta de um grande profissional com informações superficiais.

Outra coisa, preste atenção no edital. Não vá pedir a carta de recomendação preenchida para você uma vez que o próprio "recomendador"* tem a responsabilidade de enviar. Grande parte dos processos de recomendação funcionam assim. Para casos de seleções internacionais, verifique também em que língua a carta pode ser preenchida, pois não é para qualquer um que você pode pedir um texto em inglês, imagina francês ou alemão? Dependendo da pessoa é até possível, pois, em alguns casos, você sabe quem irá se esforçar e que isso não tornará sua imagem negativa.

Finalmente, não esqueça de repassar todas as informações necessárias para que o "recomendador"* saiba sobre o objetivo do processo de seleção que você estará participando e quais as consequências caso você seja aprovado ou reprovado. Pode ser que essa seja a seleção da sua vida, então ele deverá ter mais cuidado que o normal com as palavras e clareza do texto.

Sucesso!

* o uso de recomendador no lugar de recomendante foi proposital :)

Thursday, February 24, 2011

Como conseguir uma bolsa de pesquisa?


Estudamos, às vezes até gratuitamente, mas precisamos algum recurso para nos mantermos a mínima  autonomia financeira, correto? Uma vez que não temos bolsa família & cia., que tal se engajar em pesquisas na sua área de estudo e obter algum auxílio financeiro? É o que muitos buscam. Espero nessa postagem contribuir nesse ponto de alguma maneira.

Primeiramente é necessário entender os tipos - algumas vezes chamadas de modalidades - e o objetivo de cada bolsa. Existem bolsas para todos os níveis de profissional em pesquisa, desde estudantes do ensino médio até Professores que já estejam aposentados. Vou dar uma pincelada em bolsas para graduação e para pesquisa no exterior.

Uma coisa fundamental é entender o funcionamento básico do nosso sistema de fomento à pesquisa. Explore, leia, entenda como funciona o financiamento para 

bolsas pelo CNPq, da CAPES (pós-graduação), Fundações de pesquisa estaduais (FAPESP, por exemplo, para quem é de SP), sistema de Federações da Indústria (que engloba IEL e outros), pelos programas de sua própria Universidade, e qualquer outra instituição (até mesmo privada) que fomente isso. Leia os editais, veja qual é o tempo entre a publicação e data limite para envio de propostas, inscrições, entre outros. Veja também se determinada oportunidade de bolsa possui frequência determinada (se abre inscrições todo ano, por exemplo) e qual é, pois, caso você ainda não esteja apto, já poderá se preparar para a próxima oportunidade.

Alguns sites que eu aconselho são: http://www.cnpq.br/, http://www.capes.gov.br/, http://www.fapesp.br/ (mesmo que você não seja de SP, é bom para ter uma visão e, quem sabe, aproveitar uma oportunidade lá) e http://www.universia.com.br/.

Se você está procurando oportunidades fora do Brasil, fontes de pesquisa não faltam, e o problema será você dar conta de tanta informação de uma vez. Então, estabeleça alguns critérios (duração do período que quer passar fora, local, entre outros) e baseie sua pesquisa nisso. São muitas oportunidades! Só para ter uma noção: http://www.becasmaes.es (Espanha), http://www.fulbright.org.br/ (Estados Unidos), http://rio.daad.de/ (Alemanha), http://www.capes.gov.br/cooperacao-internacional/franca/brafitec (França), http://www.nature.com/naturejobs/science/welcome (mais Europa em geral) e http://www.stb.com.br. Procure também os convênios já estabelecidos pela sua própria instituição, às vezes é muito mais acessível. Se inscreva nas newletters, elas te deixarão atualizado sobre inscrições e prazos.


Outra coisa muito importante são os contatos com os Professores/Pesquisadores da sua área de interesse. Em relação a isso, explore a nossa incrível ferramenta chamada Plataforma Lattes (http://lattes.cnpq.br/), procure por pesquisadores e/ou assuntos e descubra quem/onde/quando as pesquisas de seu interesse acontecem. Não tem lattes? Crie! É gratuito e, muitas vezes, um pré-requisito para ter uma bolsa.

Boa pesquisa e bom trabalho!

Tuesday, February 15, 2011

Bolsas de pesquisa para estudantes no Brasil

Se você é estudante universitário - seja graduação ou pós - provavelmente deve estar habituado com a burocracia para realizar atividades na universidade. É, na universidade. Como não tenho muita experiência em ambientes de ensino superior de natureza privada, vou comentar um pouco sobre isso no ambiente das universidades públicas.

As universidades públicas são estruturas que alojam funcionários, obviamente também públicos, na sua grande maioria, que, por sua vez, reproduzem o modo de trabalho da esfera governamental que está relacionado (federal ou estadual, por exemplo). Daí já iniciamos um problema. Funcionário público? Já ouvi essa história.

Já que é pública, a universidade deverá, quando você requer algo, averiguar se todos os seus deveres como cidadão está em dia. Você deverá aguentar as filas, os cancelamentos, as regras, os funcionários que não foram "naquele" dia ao trabalho, a falta de informações, o mal humor, entre outros brindes do "kit instituição pública".

Embora tenha feito essa reflexão, não quero ir mais além. Tenho orgulho de ter me formado em uma universidade pública e gostaria muito que meus filhos, que ainda não tenho, tenham também esse prazer. As deficiências geralmente não são gemeadas na universidade e sim transmitidas pela estrutura que as cerca.

Um dos pontos que mais atrai alunos nas universidades públicas é o ensino gratuito. Diferente de alguns países de "primeiro mundo", o Brasil oferece ensino superior de qualidade sem taxas. Além disso, o governo brasileiro possui agências que fomentam pesquisa e desenvolvimento, o que é uma forma de disponibilizar auxílio financeiro, são as chamadas bolsas ("ahhh bolsas"), aos alunos que estejam aptos (disponíveis e interessados) a participar de projetos de pesquisa/extensão/desenvolvimento que tenham esse viés.

Muito bom estudar de graça e ainda ganhar dinheiro, né? É como dizem: "ganhar para aprender". Realmente é fantástico, mas o sistema que proporciona isso também nos mostra pontos fracos da estrutura de financiamento da pesquisa que temos no Brasil. É sobre isso que quero falar.

Para qualquer bolsa de pesquisa, o aluno - vamos esquecer um pouco da função "pesquisador" no momento - deve satisfazer determinados pré-requisitos; ter rendimento escolar igual ou acima da média, ter poucas ou nenhuma de reprovação, ter experiência comprovada em determinadas áreas de conhecimento, ter uma carga horária do curso já realizada, entre outros. Cada requisito varia muito com o tipo da bolsa (PIBIC e ITI, CNPq-uiamente falando) e com o tipo de seleção que é realizado. O tipo da seleção também depende de muitas coisas, se a bolsa for institucional, por exemplo, for da quota de uma Universidade, provavelmente esse processo será unificado para seus alunos, se a bolsa for dirigida a um projeto específico, provavelmente os coordenadores do projeto irão se encarregar da divulgação e processo seletivo.

Estudo, busca, seleção, aprovação e.. implementação. Poxa, que trabalho é essa implementação das bolsas. Muitas vezes eu penso que é um teste de paciência e o candidato ainda está na fase de seleção. Eu já tive 4 bolsas do CNPq, uma da CAPES e duas por uma Fundação EstaduaL: somente uma delas (a primeira de
todas, do CNPq) não atrasou a implementação. Em outras 20, que ajudei a solicitar, os problemas foram diversos. Para não ter problemas com a implementação as estratégias são inúmeras, talvez eu tente escrever em uma futura postagem e também deve-se manter o olho aberto para os problemas que podem acontecer durante a bolsa, para não ir planejando comprar aquele notebook HP dividido em 12 meses e ser pego de surpresa quando sua bolsa for suspensa depois de 6 meses. Isso me faz pensar muitos aspectos sobre a iniciação à pesquisa no Brasil e, em consequência dessa reflexão, faço vários questionamentos, entre eles:

- Nesse "boom" que o mercado brasileiro atualmente está patinando, no qual traz consigo um convite financeiro forte aos recém-formados, como o governo pode motivar os jovens que tem alguma vocação para a pesquisa científica? Ou até, como tardar a entrada desses profissionais no mercado, visto que profissionais com mestrado e/ou doutorado teriam uma melhor formação e consequente capacidade de melhores resultados nas empresas?

- Como fazer com que essas agências governamentais "servidoras" sejam mais eficazes - não somente contratando mais pessoas - e que passem a atender as solicitações mais como um parceiro e não como uma central de atendimento de uma operadora telefônica?

- Deve-se realmente aumentar o número de bolsas em detrimento ao aumento do valor delas? Para embasar isso me falta alguma fonte que mostre a desvalorização das bolsas de 1990 até hoje.

Não tiro o mérito dos investimentos, que têm sido muitos(!), e da importância e apoio que as agências governamentais e universidades, essas últimas fundamentais, para o avanço da pesquisa e desenvolvimento no Brasil. Como primeiro de uma série de posts apenas tento colocar alguns questionamentos que, alguém, algum dia, possa levar para o topo da pirâmide e ajudar na concepção, criação e operacionalização de novos e mais eficazes sistemas de apoio à P&D.

Também não vou ficar falando somente problemas, mas oportunidades e dicas na pesquisa, focando sempre a área de Engenharia Sanitária e Recursos Hídricos.

Embora o blog só esteja começando a funcionar agora (início de 2011), o início desse texto foi feito em 2009, quando eu estava em intercâmbio e tive problemas para receber o apoio financeiro daqui.

Espero que para você, que caiu por aqui, isso sirva de algum proveito.